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Resenha: Team Topologies, parte 1 Time como sinônimo de entrega


A dica desta vez será a leitura do livro “Team Topologies”, que tem o foco em acelerar negócios e equipes de tecnologia.

O livro Team Topologies, de Matthew Skelton e Manuel Pais, é uma leitura essencial para quem está iniciando no mundo dinâmico do DevOps ou de gerenciamento de equipes para alta performance. Em um cenário onde a agilidade e a eficiência são fundamentais, este livro oferece orientações e boas praticas para desenvolver uma equipe e um ambiente de alta performance. O livro está dividido em 3 grandes partes e nesse artigo, iremos falar sobre a primeira: Time como sinônimo de entrega.


Capítulo 1: O problema da organização.

Quando pensamos em uma empresa ou organização, um dos primeiros aspectos que vem é como está sendo fundamentado a construção dos times e hierarquia da mesma. O livro trás como referência a pesquisadora Naomi Stanford, autora do livro Organisation Desing, que trás a provocação sobre como criamos times. De acordo com Naomi, se você quer criar um ambiente de alta performance, é essencial seguir cinco regras básicas:

  • Design de Equipe com Propósito Claro: Estruturar equipes apenas quando há uma justificativa real para tal.
  • Diversidade de Opções para o Design de Times: Avaliar diferentes modelos antes de decidir a estrutura da equipe.
  • Escolha Acertada do Time para a Estrutura Desejada: Selecionar membros que se alinhem com os objetivos e a cultura da equipe.
  • Análise de Oportunidades para Formação da Equipe: Explorar todas as possibilidades antes de definir a composição do time.
  • Visão para o Futuro: Estar sempre atento às mudanças e tendências futuras.

Para desenvolver equipes dinâmicas e capazes de entregar resultados de alto nível, é crucial considerar diferentes modelos de prestação de serviços, como Colaboração, As-a-Service e Facilitadores. Esses conceitos serão explorados detalhadamente mais adiante no livro.

Outro aspecto fundamentala ser levado em consideração, seria, a cada nova estruturação ou expansão de equipe, a Lei de Conway, afirma:

… quando a organização projeta uma solução, ela inevitavelmente vai reproduzir as estruturas de comunicação vigentes dentro dela — para o bem e para o mal.

Então, se a comunicação entre as equipes da organização for complicada, a comunicação entre as camadas do software provavelmente também será difícil, proporcionando uma experiência ruim para o usuário.

Capítulo 2: O que realmente importa na lei de Conway.

No contexto de gargalos no ambiente de trabalho, o livro traz uma perspectiva importante: quando as equipes se veem sobrecarregadas pela carga cognitiva, isto pode gerar gargalos significativos, onde o ritmo do trabalho reduz drasticamente ou até mesmo chega a uma parada completa. Essa situação ocorre quando há um descompasso entre a capacidade cognitiva da equipe e as exigências das tarefas que estão sendo realizadas.

Essas cargas são:

  • Carga Cognitiva Intrínseca: Esta está relacionada à complexidade inerente ao assunto em questão.
  • Carga Cognitiva Extrínseca: Isso envolve a maneira como as informações ou tarefas são apresentadas a uma equipe e como a equipe interage com ferramentas e processos.
    Carga Cognitiva Pertinente: Refere-se ao trabalho investido na criação de conhecimento interno.

Essa sobrecarga leva a um cenário onde a equipe não consegue processar as informações de maneira eficiente, impactando diretamente na produtividade e na qualidade do trabalho. Portanto, gerenciar a carga cognitiva de forma eficaz se torna um aspecto crítico para assegurar a continuidade e a eficiência dos processos de trabalho. Isso implica em conhecer bem a equipe, entender seus limites e capacidades, e distribuir as tarefas de forma que o trabalho possa fluir sem sobrecarregar os envolvidos.

Capítulo 3: Pensamento de TIME em primeiro lugar.

Este capítulo é dedicado à comunicação e colaboração entre diferentes tipos de equipes. Nele, são oferecidas estratégias para aprimorar a interação entre os grupos, ressaltando o quão vital é uma comunicação eficiente para alcançar o sucesso.

A estrutura ideal de uma equipe operacional deve ser compacta, promovendo transparência e responsabilidade integral sobre as entregas realizadas. É fundamental que os membros do time deverão entender que eles não são indivíduos. Para isso, devem incorporar práticas, como:

  • Participar das meetings com frequência
  • Manter discussões e investigações documentadas
  • Encorajar o time sempre
  • Desbloquear atividades e nunca pegar novas demandas
  • Ter um bom plano de mentoria para novatos
  • Evitar discursos totalmente racionais e trazer um ambiente de conversas abertas
  • Crie fronteiras e processos para acionamento do time
  • Reconheça o time e não pessoas

Para condensar esse entendimento, o livro traz uma provocação intrigante: devemos considerar a equipe como se fosse uma API. Isso implica manter documentações sempre atualizadas, oferecer treinamentos constantes, adotar práticas eficientes, manter uma comunicação clara, implementar versionamento, refinar processos e interfaces claras. Esta abordagem promove não apenas uma maior organização interna, mas também facilita a interação e integração com outras equipes.


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